Acidente na Polónia
Acidente na Polónia causa 67 mortos
No sábado dia 28 de Janeiro, e em apenas três segundos, o tecto do pavilhão do Centro Internacional de Exposições da cidade polaca de Katowice caiu. O peso da neve foi a principal causa do desabamento da cobertura onde decorria a Exposição Nacional polaca de Columbofilia. O último balanço oficial aponta para 67 vítimas mortais, sendo duas delas crianças e cinco estrangeiros. Segundo o porta-voz do governo polaco, que não quis revelar a idade e o sexo das crianças falecidas, as vítimas mortais estrangeiras são um alemão, um belga, um eslovaco e dois checos. Mas a tragédia poderia ter sido bem pior. É que, de acordo com a rádio pública Trojka, na altura do desabamento, às 17h30 locais (16h30 de Lisboa) "estavam cerca de 500 pessoas no interior" do pavilhão. Mesmo assim, há ainda a contabilizar 141 feridos.
Segundo a polícia, ainda há 15 pessoas desaparecidas desde sábado que podiam estar no local aquando do desabamento do telhado devido ao peso da neve acumulada.
"Nesta altura, é muito pouco provável encontrarmos mais cadáveres porque já procurámos em todo o lado, mas só podemos ter a certeza a 100 por cento quando todos os escombros forem levantados até aos alicerces", declarou um porta-voz dos bombeiros, Jaroslaw Wojtasik.
As operações de buscas terminaram no dia 30 de Janeiro porque os escombros são formados por elementos e estruturas de grande peso, que são apenas retirados por equipas especializadas. A remoção total dos escombros do pavilhão poderá demorar um mês devido às dificuldades, disseram especialistas.
O presidente da Polónia, Lech Kaczynski, anunciou numa mensagem especial que acompanhará de perto os trabalhos da comissão criada pelo primeiro-ministro para estabelecer as causas do acidente. O governo polaco decretou mesmo três dias de luto nacional pelo sucedido.
Participaram nas operações de salvamento 1.350 bombeiros, polícias e militares, brigadas de resgate em minas e equipas com cães especializadas no salvamento de pessoas soterradas por avalanches ou
sismos.
A "Meca" dos columbófilos
Na sua última edição, o “Pigeon Rit” publica uma reportagem assinada por Joseph De Scheemaecker onde é apontada Katowice como a “Meca” da columbofilia. Nesta cidade mineira onde residem a maioria dos columbófilos polacos, afluem anualmente entre 15 a 18 mil praticantes desta modalidade. O sábado é o grande dia da exposição local sendo normal encontrar os corredores da exposição com milhares de pessoas. Uma afluência grande que se faz sentir logo desde as 07h00 e que se prolonga até depois de almoço, altura em que milhares de visitantes fazem a viagem de regresso até suas casas. “Quis Deus que o acidente acontecesse às 17h13, altura em que apenas se encontravam mil pessoas dentro do pavilhão”, escreveu De Scheemaecker, que prossegue: “Se o tecto tem caído durante a manhã ou pouco depois do almoço, teríamos a lamentar milhares de vítimas”. A lamentar as 67 mortes, de entre as quais consta o columbófilo belga Valentin Mandica, da Verselle Laga, ou o holandês Dick Basch, da firma Mega.
Conta de Solidariedade
A Federação Portuguesa de Columbofilia tomou a iniciativa de abrir uma conta de solidariedade com o objectivo de recolher fundos destinados ao apoio das famílias dos columbófilos polacos que pereceram na catástrofe de Katowice.
Estamos certos que os columbófilos portugueses saberão dar, uma vez mais, um exemplo de solidariedade.
Todos os interessados poderão comparticipar depositando os seus donativos na conta: “Solidariedade com as vitimas da catástrofe de Katowice – Polónia”
Banco: Caixa Económica Montepio Geral Balcão: Fernão de Magalhães – Coimbra NIB: 0036 0177 99100133145 04 IBAN: PT50 0036 0177 99100133145 04 BIC MPIOPTPL |